Born to be Wild
Quando a realidade estava se deitando, Magali acordava em seu Second Way of Life, despedindo-se novamente de um marido que outrora havia deixado as evidencias de sua vida dupla.
Magali, nascida em berço de ouro, gostava mesmo era de ser mulher da vida, mulher barata, que não deve nada a ninguém.
Com a vida que estava adormecendo deixava seus tailleurs cor pastel e vestia, então, uma lingerie fio-dental cor cereja, um vestido colante cor cereja, saltos altos e batom cor cereja para combinar com as unhas.
Ela virava a cabeça de homens e mulheres, fazia "poll dance" no cabaret, saia pelas ruas binárias e se vendia barato para o primeiro vagabundo virtual que quizesse pagar. E com ele, fazia de tudo: do mais sacana ao menos sacana, e sentia a vida fluir quente e veloz pelo seu peito, e se conscientizava da inexplicável perfeição de sua alma.
Magali amava presentear o mundo, e se dava com muita generosidade.
Magali amava presentear o mundo, e se dava com muita generosidade.
Ela havia continuado assim, assim e melhor, sempre que se teletransportava para sua "Second Life".
Porém, um dia, com a modernização do game advinda de sua inevitável popularização, foram-se consolidando instrumentos coercitivos às personagens em questão, e , Magali foi presa por praticar imoralidades.
Julgada, condenada e publicada.
Porém, um dia, com a modernização do game advinda de sua inevitável popularização, foram-se consolidando instrumentos coercitivos às personagens em questão, e , Magali foi presa por praticar imoralidades.
Julgada, condenada e publicada.
O problema era que lá, no segundo mundo, Magali fazia parte do submundo e sequer tinha "lindens" suficientes para pagar sua fiança.
Magali, que tinha se libertado de sua identidade real tinha ficado presa para sempre no mundo virtual.
(Continua)
(Continua)
1 Comments:
Adorei o texto, gostei muito da narrativa!...
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