Friday, November 03, 2006

Uma mistura de emoções muito ordinárias.

Cheguei em casa ontem à noite com sede de vitória, queria uma vingança muito maligna.

Enquanto a vítima não chegava - estava tudo muito calculado - aproveitei o banho e a nêga. A nêga se chama Leela e cantava no meu quarto, para ver se espantava meu cansaço.

Eis que chega. Num tom de "estou acostumada", ajeitei a calcinha. Uma roupa mais quentinha e me deitei na frente dele. "Estou esperando que você fale, indivíduo".

Tudo retardadamente esclarecido, foi o momento:

"Ela está te esperando" 'Aonde?' "Ali, não leu?"

Com muita ajuda da natureza, o cadáver estava muito mais modesto que outrora. Muito embora, ainda não fedia. Mas estava de acordo com as minhas expectativas. Não poderia também chegar ao ponto de comemorar o fedor de um cadáver alojado no meu próprio quarto.

Os arrependidos são as melhores presas. Dei-lhe toda a ajuda que fosse necessária, instrumentos e estímulos egóicos.

"Esperei por você, que não tem medo de nada." Característica meio duvidosa, mas muito excitante - ele teria que comprovar.

'Mas nunca peguei em cadáveres' - ele dizia, tentando me preparar para uma possível decepção.

Foi então que começou todo o serviço sujo.
Libidinoso... Ele estava sentindo! Tudo! Mais ainda! Melhor que o esperado...

E ele expressava o asco e a repúdia com todo seu rosto. Foi maravilhoso. "Nojento, né?" 'Ta morto!' "Você tinha que ter visto quando estava morrendo. Terrível. Então te esperei. Teria sido muito desgastante para minhas mãos delicadas e meu espírito temeroso."

Após a vingança conversamos sobre as osgas paraenses e tivemos uma noite de amor deliciosa.